quinta-feira, 29 de maio de 2008

Felipe Almeida Martins - 22A

POLIESTIRENO

Poliestireno é um homopolímero resultante da polimerização do monômero de estireno.
À temperatura ambiente, o poliestireno apresenta-se no estado sólido. Trata-se de uma resina do grupo dos termoplásticos, cuja característica reside na sua fácil flexibilidade ou moldabilidade sob a ação do calor. Os processos de moldagem do poliestireno são principalmente a termoformagem a vácuo e a extrusão. Sob a ação do calor, a resina toma a forma líquida ou pastosa, moldando-se com facilidade em torno de um molde. Com o resfriamento após a moldagem, o produto readquire o estado sólido, na forma de peças tais como copos descartáveis, lacres de barril de chope e tantas outras peças de uso doméstico ou embalagens.

É um termoplástico duro e quebradiço com transparência cristalina, semelhante ao vidro, e foi descoberto acidentalmente em 1839 por Eduard Simon, um apotecário em Berlim, a partir de uma resina de âmbar destilada.

Existe, também, um processo específico de polimerização do estireno, que emprega um gás de expansão - normalmente, o pentano - gerando o poliestireno expandido, conhecio mundialmente pela marca Isopor ® - marca registrada que pertencia a BASF no Brasil e, atualmente, é propriedade da empresa KNAUF Isopor Ltda.

Em Portugal, o poliestireno toma o nome de esferovite.

Suas principais características são:

  • Fácil processamento por moldagem a quente
  • Fácil coloração
  • Baixo custo
  • Semelhante ao vidro
  • Elevada resistência a álcalis e ácidos
  • Baixa densidade e absorção de umidade
  • Baixa resistência a solventes orgânicos, calor e intempéries

Existem quatro tipos básicos de poliestireno:

  • PS cristal:homopolímero amorfo, duro, com brilho e elevado índice de refração. Pode receber aditivos lubrificantes para facilitar processamento. Usado em artigos de baixo custo, notadamente peças descartáveis tais como copos.
  • PS resistente ao calor: maior P.M., o que torna seu processamento mais difícil. Variante ideal para confecção de peças de máquinas ou automóveis, gabinetes de rádios e TV, grades de ar condicionado, peças internas e externas de eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos, circuladores de ar, ventiladores e exaustores.
  • PS de alto impacto: contém de 5 a 10% de elastômero (borracha), que é incorporado através de mistura mecânica ou diretamente no processo de polimerização através de enxerto na cadeia polimérica. Obtém-se desse modo uma blenda. Muito usado na fabricação de utensílios domésticos (gavetas de geladeira) e brinquedos.
  • PS expandido: espuma semi-rígida com marca comercial Isopor®. O plástico é polimerizado na presença do agente expansor ou então o mesmo pode ser absorvido posteriormente. Durante o processamento do material aquecido ele se volatiliza, gerando as células no material. Baixa densidade e bom isolamento térmico. Aplicações: bandejas para embalagem de hortifruti, protetor de equipamentos, isolantes térmicos, pranchas para flutuação, geladeiras isotérmicas, etc. Produção brasileira em 1998: 10.000 t.

Nos primórdios da moldagem por injeção, as resinas de poliestireno foram um fator importante no desenvolvimento deste processo. Conhecidas desde 1845, estas resinas somente adquiriram grande importância industrial no início da segunda guerra mundial e, atualmente, é um dos termoplásticos mais consumido sendo utilizado em processos de moldagem por injeção, sopro, termoformação, laminados, modificados com cargas minerais e fibras de vidro adquirindo característica de plásticos de engenharia.

O monômero para a produção do poliestireno é o estireno, que quimicamente é um hidrocarboneto aromático insaturado de fórmula C6H5C2H3. É também chamado de FENILACETILENO ou VINILBENZENO. O estireno é um líquido, com ponto de ebulição 145ºC e ponto de solidificação -30,6ºC. Quando puro é incolor apresente um odor agradável e adocicado. Pode ser obtido industrialmente a partir de vários processos, entretanto o mais utilizado consiste na desidrogenação do Etil-Benzeno.

O etil-benzeno é obtido a partir da alquilação do benzeno por reação com o etileno, na presença de um catalisador, como por exempo: cloreto de alumínio (AlCl3). A desidrogenação do etil benzeno é provocada pela ação do calor, na presença de óxidos metálicos, tais como o óxido de zinco, cálcio, magnésio, ferro ou cobre. A temperatura do sistema deve ser entre 600ºC a 800ºC. A reação é endotérmica e a pressão é reduzida pois ela se dá com aumento de volume.

Um comentário:

Unknown disse...

Felipe,

Post um pouco extenso. Vale usar os links para direcionar para informações mais detalhadas e destacar as informações que venham depertar interesse do leitor.
Faltou referências.