segunda-feira, 2 de junho de 2008

Clorofórmio


Pilar Saldanha - 22 C


A história do Clorofórmio começou em 1831 quando descobriram que este líquido volátil e incolor produzia um efeito anestésico, absorvendo o calor da pele, assim os nervos sensitivos não exercem suas funções e a sensação de dor também é diminuída.

Durante anos o Clorofórmio foi utlizado em cirurgias e partos, a igreja era contra, afirmando que era uma armadilha do Satã.

Porém a comprovação de que esta droga poderia ocasionar morte súbita por depressão circulatória, após a descoberta de novos anestésicos, como o óxido nitroso e o hexabarbital (1932), e com o aperfeiçoamento das técnicas para a sua administração, o clorofórmio foi relegado para segundo plano. Atualmente, sua principal aplicação é como solvente. Também é usado como matéria-prima para a produção de outros compostos.

- O clorofórmio produz dependência e suas principais vias de contato compreendem a ingestão, a inalação e o contato dérmico.

- Se ingerido pode causar queimadura na boca e garganta, dor no peito e vômito, em grande quantidade pode ser letal.

Provoca irritação à pele, olhos e trato respiratório. Atinge o sistema nervoso central, rins, sistema cardiovascular, e fígado. Pode causar câncer dependendo do nível e da duração da exposição.

A inalação do clorofórmio causa desde excitação, euforia, impulsividade, agressividade, confusão, desorientação, visão embaralhada, perda de autocontrole, alucinação, sonolência, inconsciência até convulsões, decorrentes de estágios mais graves onde há intoxicação, e também pode ser fatal.

O clorofórmio é utilizado para a composição da droga conhecida como “loló” e pode causar forte dependêcia química.

Solubilidade - É ligeiramente solúvel em água (7430 mg/L a 25ºC e miscível com os principais solventes orgânicos, óleos, etanol, éter, éter de petróleo, tetracloreto de carbono, bissulfito de carbono e benzeno. Apresenta um coeficiente de partição (25ºC) no sangue igual a 8,4 e 394 no óleo.

Decomposição - Possui uma taxa de hidrólise negligenciável e um tempo de semi-vida de 80 dias ao ar (persiste no ar durante 116 dias) produzindo radicais hidróxilo via fotoquímica (5). Trata-se de uma substância instável quando exposta ao ar, luz e/ou calor degradando-se em fosgénio, ácido hidroclorídrico e cloro (normalmente é estabilizado pela adição de 0,5 ou 1% de etanol para fins comerciais). Quando aquecido à decomposição emite fumos tóxicos de ácido hidroclorídrico e de outros compostos clorados.

Reatividade - Reage violentamente com metais alcalinos como o sódio, potássio, hidróxido de sódio, t-butoxido de potássio e hidreto de sódio. É oxidado por oxidantes fortes como o ácido crómico originando fosgénio e gás clorídrico. Reage explosivamente com o flúor, tetróxido de diazoto, alumínio, lítio e metóxido de sódio. Explode quando em contacto com pó de alumínio ou de magnésio. A mistura do clorofórmio com o nitrometano é considerada detonável. Na forma líquida é corrosivo para alguns plásticos, borracha e certos tipos de revestimentos.

Características Físicas:

Peso molecular: 119,49g/mol
Fórmula molecular: CHCl3
Ponto de fusão: -63,2 a -63,5 ºC (pressão atmosférica)
Ponto de ebulição: 61,15 a 61,70 ºC
Pressão de vapor: 160 mmHg a 20ºC; 197-200 torr a 25ºC; 21,15 kPa a 20ºC
Densidade a 20ºC: 1,84 g/cm3
Absorção máxima no UV a 175 nm
Picos característicos no espectro de massa: 83 m/z, 118 m/z
Viscosidade: 5,63 millipoises a 0ºC e 5,10 millipoises a 30ºC
Gravidade específica: 1,483 a 20ºC
Calor de combustão: 373 kJ/mol ou 17,62 cal/g
Fator de conversão (20ºC a pressão atmosférica): 1ppm (v/v) = 4,96 mg/m3
Estrutura molecular: Tetrahedral



Estabilidade: Estável sob condições ordinárias de uso e armazenamento. O pH diminui em exposição prolongada a luz e ar devido a formação de HCl.
Produtos de sua decomposição: Pode produzir monóxido de carbono, gás carbônico, cloreto de hidrogênio e phosgene quando aquecido.
Polimerização do produto: não ocorrerá.
Incompatibilidade: Caustics forte e metais quimicamente ativos como alumínio, pó de magnésio, sódio, ou potássio; acetona, fluorine, methanol, methoxide de sódio, tetroxide de dinitrogen, tert-butoxide, triisopropylphosphine.
Condições a se evitar: manter longe de calor, ar, luz.


Destino no ecossistema: Quando lançado na água, é esperado que este material tenha uma meia-vida entre 1 e 10 dias. Este material não é significativamente bioacumulado. Quando lançado no ar, este material pode ser degradado moderadamente através de reação com fotoquímica produziu os radicais de hidroxila. Quando lançado no ar, este material pode ser degradado moderadamente através de fotólise. Quando lançado no ar, este material pode ser removido da atmosfera a uma extensão moderada tendo uma meia-vida maior que 30 dias.


Condições de armazenamento
Acondicionar em contentores hermeticamente fechados;
Manter em local fresco, seco e bem ventilado (a temperatura não pode exceder os 30ºC);
Manter afastado de bases fortes ou ácidos minerais fortes;
Se acondicionado em frasco de vidro este deve ser verde-escuro ou âmbar;
O clorofórmio “pró-análise” pode ser armazenado em recipientes contendo uma leve camada de chumbo ou aço a recobrir o interior.
Não devem ser usados frascos de PVC para misturas com mais de 5% de clorofórmio em água, nem por um período superior a seis semanas;

Fontes:

http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0405/cloroformio/historia.htm

http://www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/produtos/cloroformio.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Clorof%C3%B3rmio

http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0405/cloroformio/prop.htm

Um comentário:

Unknown disse...

Pilar,
Muitas informações, tratando-se de um post deveria ser mais sucinta e indicar links e outras referências.
A seleção de informações é o critério principal da pesquisa , já que não há postagem de texto autoral e sim, um control v, control C.